domingo, 30 de agosto de 2015

chega o fim de agosto

contei na metragem setecentos e cinquenta
mais de setecentos e cinquenta pescadores

participavam todos eles de um campeonato
onde todos permaneciam bem posicionados

era uma noite de lua arredondada no litoral
e pensei que a gema fosse até uma das iscas

setecentos e cinquenta pescadores agitavam
uma maquinaria defronte ondas maquinais

o oceano era a panela ofertando seu cardume
e as trepidações do mar davam marés rítmicas

e os setecentos e cinquenta pescadores davam
uma pescada de olhares em esperas sonoríferas

e todo o campeonato estava nisto pressuposto
dormir em pé pescando os peixes pelas linhas

e todo o campeonato estava nisto arquitetado
a morte de peixes vivos que não vinham dados

e toda praia ontem estava sob luz alaranjada
peixe no mar, povo nas areias e nas calçadas

e a lua alaranjada era um peixe a ser pescada
por gente, por amores, por amor e namoradas.

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