contei na metragem setecentos e cinquenta
mais de setecentos e cinquenta pescadores
participavam todos eles de um campeonato
onde todos permaneciam bem posicionados
era uma noite de lua arredondada no litoral
e pensei que a gema fosse até uma das iscas
setecentos e cinquenta pescadores agitavam
uma maquinaria defronte ondas maquinais
o oceano era a panela ofertando seu cardume
e as trepidações do mar davam marés rítmicas
e os setecentos e cinquenta pescadores davam
uma pescada de olhares em esperas sonoríferas
e todo o campeonato estava nisto pressuposto
dormir em pé pescando os peixes pelas linhas
e todo o campeonato estava nisto arquitetado
a morte de peixes vivos que não vinham dados
e toda praia ontem estava sob luz alaranjada
peixe no mar, povo nas areias e nas calçadas
e a lua alaranjada era um peixe a ser pescada
por gente, por amores, por amor e namoradas.
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