quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

De como a situação da Ufes no verão serviu como fonte de metáforas para cantar as saudades...

I
Largada ao recreio da vida
A saudade cresceu 
Como o mato incultivável que se espalha por todo entre-vão
Entre restaurante, reitoria, ic's, cemunis, biblioteca
O mato cresce, vai ao céu, se espalha horizonte, chega ao portão.

II
Tocando toda pele
A saudade punça
Como ferem os mosquitos, micuins, borrachudos que entre-voam
Rodopiam entre braços, pescoço, ombro, mordem-pernas
Os insetos voam, veem o céu, se espalham, pousam nossa-mão.

III
Sombreando o tempo
A saudade encobre
Como as folhas das árvores que tapeteiam sobre-chão
Dançam ao redor do tronco, sob esguelhados galhos
As folhas vão, contra-céu, espalhadas, sol-de-verão

IV
Hoje a grama foi cortada;
Mas quem arrancará nossa saudade?