escrevo se
digo se
penso se
voce vier para pertinho de mim
alguma lugar perto daqui
algo de perto pode surgir
e nem mesmo o destino
haverá de negar
com a mulher do lado
[no more poem] e disso não se precisará.
mas enquantus
tu não vens
fico aqui
a ver
as mulheres
da orla de Camburi
fico a
ver o sol
sem remédio
fugir cínico
em meio aos prédios
fico a
correr nos meus sapatos
pesar o futuro
envergado sobre os fatos
mas sem isso
por hoje só isso resta, por isso só hoje fica;
(pegar o Transcol segunda
passar a segunda ponte
suar no trampo
no solmarelo de Cariacica).
[a volta]
quando se congestiona o tráfego
quando se infarta o trânsito
e paramos no meio exato
da ponte
ai então sem os números da matemática
começo e calculo de forma errática:
da segunda ponte se via a primeira
e a terceira
e da terceira
se via a cidade inteira!
[sobre a]
da segunda ponte se vê a terceira
e sobre a terceira afirmo:
engenho humano
que nem mesmo se
Deus quisesse, se ao invés de ter falado
tivesse no Gêneses dado um grito
conseguiria ter unido
o mar ao firmamento
como fizeram os homens
com esta peça de cimento
[nem se Deus tivesse dado um grito]
mas se a terceira ponte
se elevava ao firmamento
o convento, num lugar mais alto
era o próprio infinito!
sábado, 12 de dezembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
Admiro. o silêncio cemiterioso da cidade
que se desenrola inteiro no meio da noite.
O céu. os apartamentos nomes de cidades, estados
nomes de gente. silêncio nos quatro andares.
O livro lido nesse instante, tumultua de vozes
o espaço outrora povoado de matéria sonora.
E rompe (irrompe) vez ou outra, na escuridão do céu
um avião, profetizando o próprio beijar-do-chão.
O silêncio do bairro é meu mas compartilho
com toda uma multidão, ruidosanodia e natimortananoite.
que se desenrola inteiro no meio da noite.
O céu. os apartamentos nomes de cidades, estados
nomes de gente. silêncio nos quatro andares.
O livro lido nesse instante, tumultua de vozes
o espaço outrora povoado de matéria sonora.
E rompe (irrompe) vez ou outra, na escuridão do céu
um avião, profetizando o próprio beijar-do-chão.
O silêncio do bairro é meu mas compartilho
com toda uma multidão, ruidosanodia e natimortananoite.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
Sobre o 506
Maldito seja o cinco zero meia
que passou vazio
e foi visto ao lado
refletido pela porta do mercado
do comercio da praça pio doze
passou,
onde quer que fosse
Porque tudo talvez seria mais simples
evitando toda uma onda de cafife
se todos os caminhos se curvassem
pelos destinos que vão por Maruípe.
que passou vazio
e foi visto ao lado
refletido pela porta do mercado
do comercio da praça pio doze
passou,
onde quer que fosse
Porque tudo talvez seria mais simples
evitando toda uma onda de cafife
se todos os caminhos se curvassem
pelos destinos que vão por Maruípe.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
A baia de Vitória
é uma linha d'agua
que contorna a linda
ilha
chamada
Vitória.
O porto
é um posto
onde os navios
fingem atracar
fingindo que esse mesmo porto
estivesse instalado nu, próprio mar.
A baia de Vitória
não é larga nem estreita
é apenas uma linha necessária
que faz de Vitória uma ilha
que faz a cidade
ser cercado - ser de mar
de mar é. linda é.
é uma linha d'agua
que contorna a linda
ilha
chamada
Vitória.
O porto
é um posto
onde os navios
fingem atracar
fingindo que esse mesmo porto
estivesse instalado nu, próprio mar.
A baia de Vitória
não é larga nem estreita
é apenas uma linha necessária
que faz de Vitória uma ilha
que faz a cidade
ser cercado - ser de mar
de mar é. linda é.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
eu a vi
pela janela da janela de outra janela
eu sentado no bar
ela, sentada, no carro dela
eu de cá
ela de lá
foi rápido
foi só olhar
fixei
pela lembrança de uma lembrança
da janela trespassando a visão de outra janela
eu sentado no bar
ela, partiu, no carro dela
talvez nunca mais a veja
sentada, dirigindo, olhando olhos alheios
pela janela de uma janela.
ela sumiu na curva,
eu curvei
em sinuosos olhos dela.
pela janela da janela de outra janela
eu sentado no bar
ela, sentada, no carro dela
eu de cá
ela de lá
foi rápido
foi só olhar
fixei
pela lembrança de uma lembrança
da janela trespassando a visão de outra janela
eu sentado no bar
ela, partiu, no carro dela
talvez nunca mais a veja
sentada, dirigindo, olhando olhos alheios
pela janela de uma janela.
ela sumiu na curva,
eu curvei
em sinuosos olhos dela.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
domingo, 2 de agosto de 2009
Pontes
Era necessário e é
Assim como sempre será
Passar pelas pontes
As reais e as imaginárias
Terrestres e aéreas
Várias!
Ponte entre espíritos e entre estados
Ponte entre ritmos e entre retratos
Ponte entre partidas e entre chegadas.
Cruzar os tres rios que cruzavam a estrada
Mucuri, Cricaré e Doce
Outros menores, mas aqueles os primários
Passa-los, por onde quer que fosse.
Guardá-los só onde pode o encontro
Pelo caminho que era mais amplo e humano
Rios que se uniram, no mesmo oceano.
Assim como sempre será
Passar pelas pontes
As reais e as imaginárias
Terrestres e aéreas
Várias!
Ponte entre espíritos e entre estados
Ponte entre ritmos e entre retratos
Ponte entre partidas e entre chegadas.
Cruzar os tres rios que cruzavam a estrada
Mucuri, Cricaré e Doce
Outros menores, mas aqueles os primários
Passa-los, por onde quer que fosse.
Guardá-los só onde pode o encontro
Pelo caminho que era mais amplo e humano
Rios que se uniram, no mesmo oceano.
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